quarta-feira, 26 de agosto de 2009

SUKSHUMA SHARIRA- A NATUREZA DA MENTE...


Eis a mente... Fonte eterna de estudo...
Sempre lembrando que em termos espirituais sempre o que é mais sutil é também mais importante. Irei citar a você algumas das principais categorias da mente:

CITTA - Citta é a consciência pura, é a energia e a inteligência do Universo consciente em sí mesmo.

BUDDHI - É a nossa mente mais elevada de sabedoria e discriminação, aquela que, pode ver além dos padrões limitados da mente inferior que é manas.

MANAS- É a mente do dia a dia, dos nossos padrões e sentimentos a eles relacionados. Manas é o território dos kleshas( obstruções da consciência), em especial de "Raga( apego) e Dvesha( aversão).

AHAMKARA- Você o conhece pelo nome de "ego" ou seja o conceito de eu que você possui.
O desequilíbrio do ego em manas ocasionam sofrimento apartir do seu relacionamento com os kleshas.

Bem, ao falarmos de "ego", naturalmente nos vem a ideia natural de que para conseguirmos a iluminação de "Buddhi", necessitaríamos suprimir ou matar esse ego.
Será?
Frequentemente ouvimos falar de mente confusa, repetitiva, desconexa etc...
A nossa mente , refletida no nosso córtex cerebral único vem desenvolvendo-se ao longo de quatro milhões de anos. Ela possui uma incrível capacidade sem paralelo de aprendizagem e pode processar trilhões de interações, pasmem... Instantâneamente.
Nosso cérebro longe de ser um obstáculo para o crescimento espiritual nos torna cada vez mais próximo a ele.
A mente humana não é outra coisa senão uma ponte entre o físico e a consciência.
" O ensinamento dos Koshas (invólucros) , é de que, somos seres multifacetados, e cada aspecto da natureza não deverá jamais ser suprimido, e sim, encarado, conscientizado, aceito e finalmente transformado.
Nossa mente e emoções são partes vitais de nossa evolução, pois guardam o nosso histórico de vida e conhecimento através de nossa existência, explorando-a, abrimos ainda uma outra porta para a fonte que as criou.
Podemos ver o ego do seguinte ponto de vista:
Como uma criançinha que necessita de educação, e que, como criança essa educação é feita primeiro através de estímulos, depois vem o visual, o tato, as primeiras letrinhas, o be-a-ba, e assim por diante do ponto de vista físico.
No emocional dispense ao ego o amor de filho, através do seu observador tente educa-lo como tal. Em meio a tempestade conforte-o, ao erro reprenda-o, a suas vitórias festeje, participe, em meio as derrotas não o martirize mas ensine-o a seguir em frente, para que assim possa ele crescer e se transformar no Eu superior, cujo o objetivo final é a indentificaçãocom sua "Fonte"(CITTA).

AH...MENTE!!!!!!!


Manomaya e vijananamayakosha:

Até que um dia vou poder falar sobre o meu assunto preferido no YOGA... A mente.

Mas antes porém postarei um poema de Narendra ( futuramente Vivekananda) que foi discípulo de Sri Ramakrishna ainda jovem ( Ramakrishna Deus homem, editora Vedanta- RIO DE JANEIRO-1970):

“Ó mente! Vamos á nossa morada.

Vestida como estrangeira,

Por que andas como vagabundo nesta terra estranha?

Os seres viventes que te rodeiam

E os cinco elementos, nenhum é teu.

São todos forasteiros.

Querendo-os ó mente louca,

Por que esquece de ti mesma?

Ó mente sobe pelo caminho da verdade.

Com o amor puro como luz de teu caminho

Segue caminhando sem descanso.

Como provisão de tua jornada

Leva contigo as virtudes.

Mas oculta-as bem, pois há dois assaltantes no caminho.

São a avareza e a ilusão,

Que sempre procurarão roubar teus tesouros.

Mantém a constante companhia de teus guardiães:

Auto controle e tranqüilidade.

De todo risco, eles te protegerão.

A hospedaria de descanso, no caminho,

Será para ti a companhia dos santos.

Ali, as vezes, poderá descansar.

E se tiveres dúvida sobre quem te vigia,

Eles te guiarão com sábio conselho.

Se sentires medo, repete o nome de Deus em voz alta.

Ele é o governador do caminho e até a morte se inclina

Perante “ELE”.

Nesse antigo poema dos Bhrâmaros cantado por “Narendra”, fizeram Sri Ramakrishna emocionar-se, e eu também, me senti tocar pois essa simples forma de retratar a natureza da mente nos convida a visualizar a sua essência de maneira tão simples.

Madre Tereza já nos dizia: " No fim é só você e Deus..."


" NAMASTÊ"

Jane